samedi 23 juin 2012

22/06/2012 15h50 - Atualizado em 22/06/2012 16h08 LA MORT D'ISMAEL KARAJA A INTERROMPU KARI-OCA A RIO PENDANT LE SOMMET RIO + 20 L'ethnie Karaja est en deuil. Un de leur leader est mort, apparemment d'une crise cardiaque, dans la nuit de jeudi à vendredi. Le corps est à l institut médico-légal et sa famille attend de pouvoir le ramener au village. "Dans notre culture, la famille creuse un trou et enterre le corps. Puis, la famille pleure 2 jours. Ensuite, le chef du village libère des pleurs et nous chantons, nous donnons à manger à l' l'esprit qui commence à travailler. Après le chef du village fait une grande fête. Cela arrive que la famille reste un mois ou deux à veiller le corps ", a déclaré Iwraru. Par solidarité, tous ont décidé de quitter le village Kari-Oca. Morte de índio encerra atividades da Kari-Oca durante a Rio+20 Ismael Kurananá, 48 anos, morreu quando dormia, nesta madrugada. Cacique disse que família fará dois dias de luto em Mato Grosso Glauco Araújo (do G1 RJ) As 16 etnias abandonaram o espaço em solidariedade à morte do índio (Foto: Glauco Araújo/G1) O índio da etnia karajá que morreu na madrugada desta sexta-feira (22), no alojamento indígena montado na Aldeia Kari-Oca, em Jacarepaguá, na Zona Leste do Rio, havia se sentido mal duas vezes desde que chegou ao local, em 12 de junho. Por conta da morte de Ismael Kurananá Karajá, 48 anos, o encerramento dos Jogos Verdes, que seria realizado na tarde desta sexta, foi cancelado. Todos os demais índios, de 16 etnias, sendo 14 brasileiras e duas estrangeiras, abandonaram o espaço em solidariedade aos karajás. Ismael passou mal pela primeira ver na terça (Foto: Cacique Iwraru Karajá/Divulgação) A primeira vez que Ismael se sentiu mal foi na terça-feira (19). "Ele estava com um resfriado leve, foi medicado e voltou às atividades", disse Maglia Terezinha, assessora especial para assuntos indígenas do Governo fédéral. A segunda vez que ele passou mal foi na tarde desta quinta-feira (21), quando reclamou de dores fortes nas costas. "Ninguém esperava. Acordamos com alegria ontem [quinta-feira] de manhã. Estávamos juntos e, de repente, ele sentiu uma forte dor nas costas. Um primo nosso deu um analgésico para ele, mas a dor demorou a melhorar. Depois disso, eu o levei para receber atendimento médico. Imediatamente ele foi levado para o hospital", disse o cacique Iwraru Karajá. Segundo Iwraru, Ismael voltou com uma receita médica, "ficou bem, conversou com a gente na fogueira. O nosso pajé chegou a conversar com ele para saber como estava a saúde dele, estava preocupado com ele. O Ismael disse que estava bem." O cacique disse ao G1 que durante os dias que ficaram na Kari-Oca, Ismael dormiu em uma rede do lado de fora do acampamento. "Por causa da chuva forte de ontem, a gente entrou para o acampamento. Quando foi de manhã, perto das 6h, quando todo mundo acorda, alguém foi acordá-lo na rede, mas ele estava diferente, já estava morto", afirmou Iwraru. Sepultamento karajá De acordo com o cacique, o corpo de Ismael foi levado para o Instituto Médico-Legal. A família aguarda a liberação e os trâmites para o traslado do corpo até a aldeia, que fica em São Félix do Araguaia, em Mato Grosso. "Na nossa cultura, a família cava um buraco e enterra o corpo. Depois, a família faz luto de dois dias. Em seguida, o líder da aldeia libera brincadeira, canto e acaba o luto. Cinco dias depois, nós damos comida para o espírito, que começa a trabalhar. Depois o líder da aldeia libera festona. Tem vezes que a família lamenta um mês, dois meses, depende da resistência da família em ficar velando", explicou Iwraru. "Nós viemos aqui para falar da nossa mãe terra. Foi marcante essa morte. Hoje eu chorei a morte de Ismael, ontem chorei a falta de meu irmão. Ismael morreu lutando para entregar um documento para representantes da ONU. Conseguimos fazer isso pelos nossos representantes que conquistaram um espaço indígena no Riocentro. Agora é entregar para Deus", disse o cacique. Os indígenas que estavam na Kari-Oca seguiram em ônibus para suas aldeias na tarde desta sexta-feira. "Em solidariedade ao parente que morreu, todos decidiram sair da Kari-Oca. É a solidariedade do índio com o luto de outra tribo", disse Marcos Terena, organizador da aldeia durante a Rio+20.

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